quarta-feira, 13 de junho de 2012

Um guia para minhas férias!



Um dos primeiros guias gastronômicos surgiu em 1803, pelas mãos de Alexandre-Balthazar-Laurent Grimod. Era uma série de guias gastronômicos sobre Paris, os “ Almanachs des Gourmands”. Ele escrevia para os novos-ricos que tomaram o lugar da alta sociedade depois da Revolução. Eram explicações sobre como comer bem, como se comportar à mesa, como desossar carnes. Talvez a  primeira critica feita a um lugar que chamavam de “restaurante” tenha aparecido ali. Endereços das famosas delicatessens, confeitarias, casas de chocolate. Tinham também seus chamados de “itinerários nutricionais”, com o endereço de alguns restaurantes que existem até hoje, como o preferido de Napoleão e Josephine, o Le Grand Véfour, um dos mais antigos restaurante parisienses ainda em funcionamento. Até notícias sobre chefs celebridades (sim eles já existiam), como Marie-Antoine Carême eram colocadas em seus almanaques.  E de forma muito atual sempre buscava lugares com as comidas mais frescas, de preparo simples e com um toque diferente nas clássicas receitas. Descobri tudo isso por mero acaso e achei incrível ver que há mais de 200 anos atrás a gastronomia já estivesse tão presente, mesmo sabendo que poucos anos depois, em 1825, um dos maiores clássicos da gastronomia tenha sido escrito, também na França por Jean Anthelme Brillat-Savarin, o famoso livro “ A Fisiologia do Gosto”.  O que me admirou foi o fato de se tratar de um livro de dicas, de endereços, onde Grimod compartilhava suas descobertas e seus segredos culinários. Mas, por que estou falando em guias gastronômicos? Pelo simples motivo de estarmos perto das férias de julho, onde muitos tem a oportunidade de viajar e eu mesmo estando super atrasada fui procurar, ou melhor sonhar, com as férias da minha vida. Queria na verdade o guia de Grimod, uma única fonte de informação com preciosas dicas. Lamento por não termos mais como consultar aquele caderninho de viagens dos amigos que tinham o capricho de a cada nova aventura escrever tudo que haviam feito, e depois compartilhar com muito prazer os melhores lugares. Então deixando a nostalgia de lado,  a solução mais próxima foi buscar nos livros, revistas, anotações e na Internet. Procurei tudo relacionado a férias gastronômicas e as opções são várias, começando com as aulas de culinária em diversos países; cruzeiros; hospedagens em fazendas; degustações em vinícolas; tours gastronômicos em cidades, bairros e até mesmo em lojas especializadas; gastronomia aliada a esporte, tour apenas em restaurantes estrelados do Michelin, etc. Há algumas agências de viagens/sites especializados que podem ajudar na decisão, como o www.gourmetontour.com, www.theinternationalkitchen.com,   www.goute.com.br, www.epicureanways. Mas, para mim o ideal seria cozinhar e conhecer um pouco sobre diferentes lugares. Vejam minhas melhores opções:

·      Rhode School of Cuisine, no Marrocos (www.rhodeschoolofcuisine.com)

·      Chiang Mai Thai Cookery School, na Tailândia (www.thaicookeryschool.com)

·      Tuscookany, na Itália (www.tuscookany.com)

·      Aulas com Giuliano Hazan (filho da famosa Marcella Hazan), na Itália (www.giulianohazan.com)

·      Le Manoir aux Quat’Saison, na Inglaterra (www.manoir.com)

·      Deborah Krasner’s Vermont Culinary Vacations, nos Estados Unidos (www.culinaryvermont.com)

·      Finca Buenvino, na Espanha (www.fincabuenvino.com)

·      Los Dos Cooking School Mérida, no México (www.los-dos.com)

·      Aulas com Patricia Wells, na França (www.patriciawells.com)



Espero que estas dicas inspirem e motivem sua próxima viagem.

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